Como funciona a certificação de lâmpadas LED?

A preocupação com a sustentabilidade e o desejo de reduzir o valor gasto em energia elétrica, além de propor um uso mais eficiente da iluminação, tanto pública, industrial quanto doméstica, levou ao desenvolvimento das lâmpadas LED.

Esse tipo de lâmpada faz muito sucesso porque, além de gerar luz com um consumo menor de energia, elas precisam de menos potência para iluminar um cômodo do que as lâmpadas tradicionais.

Além disso, elas possuem outros benefícios, como a qualidade de luz confortável, não esquentam os cômodos, não emitem raios ultravioleta e infravermelhos, são trocadas facilmente, duram muito mais e seu descarte e reciclagem são mais simples, pois elas não contém chumbo ou mercúrio.

No entanto, apesar de todos os benefícios, as lâmpadas LED precisam de certificação do INMETRO para que tenham sua qualidade atestada. Afinal, como sabemos, existem milhares de produtos falsificados que se vendem como originais.

E, no segmento de eletricidade, lidar com produtos falsificados pode ser muito perigoso, pois os produtos podem causar incêndios ou mesmo acidentes potencialmente fatais.

Por isso, preparamos um texto completo explicando exatamente como funciona essa certificação e o que fazer caso você desconfie que aquele produto que adquiriu não seja original.

Por que uma lâmpada LED precisa ser certificada?

A certificação de uma é muito importante para que o consumidor, na hora da compra, tenha certeza de que o dispositivo que está comprando cumprirá tudo aquilo que está descrito.

Ou seja, a certificação é uma garantia de que a lâmpada terá um bom desempenho, oferecerá segurança elétrica e será compatível com os locais onde está instalada, dentre outras.

Além disso, a certificação ajuda também a padronizar os equipamentos disponíveis no mercado, garantir que a lâmpada não causará interferência na rede elétrica e, sobretudo, garantir que ela não superaquecerá, evitando acidentes.

Obrigatoriedade

As lâmpadas têm sua certificação obrigatória, de acordo com portaria do INMETRO, de 2015. A lei seguiu um cronograma, para que todos os fabricantes desse equipamento pudessem se adaptar às normas.

Em fevereiro de 2016, foi definido que as lâmpadas, de uso residencial, deverão ser fabricadas e exportadas apenas quando em conformidade com as normas impostas pelo INMETRO.

Em outubro do mesmo ano foi definido de que todas as lâmpadas comercializadas em território nacional, seja por fabricantes nacionais ou importadores, precisão respeitar as regras definidas pelo Instituto.

Em janeiro de 2017, o órgão informou que os LED comercializadas por atacadistas e varejistas no mercado nacional precisam estar em conformidade com as normas estimadas pelo órgão.

Já a partir de janeiro de 2018 esses produtos comercializados por atacadistas e varejistas que estejam cadastrados como Microempreendedores ou sejam pequenas empresas, também precisam obedecer aos requisitos do INMETRO para ter sua comercialização autorizada.

Quais as características das lâmpadas que devem ser certificadas?

Segundo o INMETRO, a certificação é obrigatória para os seguintes modelos de lâmpadas LED: um dispositivo de controle integrado à base ou corpo, constituindo uma peça única, não destacável.

Essas lâmpadas são destinadas a operações em rede de distribuição de corrente alternada de 60 Hz, para tensões nominais de 127V e/ou 220V, ou faixas de tensão englobando as mesmas ou em corrente contínua, com proteção contra surto, tensão de alimentação até 250 V, elaboradas para uso doméstico e similar.

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Além disso, essas lâmpadas precisam ter potência nominal até 60W e tensão nominal maior que 50V e até 250 V (CA), com bases de lâmpadas segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) NBR IEC 62560:2013 (B15d, B22d, E11, E12, E14, E17, E27, G5, G9, G13, GU10, GZ10).

A tensão nominal da lâmpada é de até 50V (CC ou CA) com bases G4, GU4, GY4, GX5.3, GU5.3, G6.35, GY6.35, G53, GU7, G5, G5.3 e G13.

A certificação é obrigatória ainda para lâmpada LED tubular, chamada de tubo LED, com o dispositivo de controle incorporado. O dispositivo substitui as lâmpadas fluorescentes de dimensões de acordo com a norma NBR IEC 60081 e base G5, G13 ou R17DC.

Quais lâmpadas que não necessitam de certificação?

Embora seja obrigatória, existem alguns modelos de lâmpadas que não necessitam de certificação. São elas:

As lâmpadas com LED coloridos, com lentes coloridas, que emitem luz colorida; lâmpadas RGB, com invólucro colorido e decorativas, e que emitem luz colorida; lâmpadas de LED com dispositivo de controle incorporado que produzam luz colorida ocasionalmente e lâmpadas OLED (Organic Light Emitting Diode).

Quais os modelos de certificação?

As lâmpadas que necessitam de certificação podem ser submetidas ao processo por meio de dois modelos. A escolha do tipo irá variar de acordo com a preferência do fornecedor ou do fabricante. Veja abaixo quais os modelos disponíveis:

Modelo 5

Aqui, a certificação de lâmpadas é feito com ensaios de tipo, avaliação e aprovação dos sistemas de gestão do fabricante. O processo engloba ainda um acompanhamento, feito através de auditorias realizadas na empresa fabricante o ensaio em amostras retiradas no mercado.

Modelo 7

Nesse tipo de certificação são feitos apenas ensaios de lote.

Quais as etapas de certificação?

Por ser uma certificação mais elaborada, o modelo 5 passa por quatro etapas para que esse atestado seja atribuído à lâmpada.

Inicialmente, o fabricante entrega uma documentação técnica, informando todos os detalhes do produto para os especialistas do INMETRO, que avaliam se a lâmpada foi produzida de acordo com as especificações do órgão.

Em seguida, são feitos ensaios com uma amostra retirada de um determinado lote de fabricação, para atestar se essa lâmpada está em conformidade com tudo o que é exigido pelo INMETRO.

Tipos de ensaios realizados

Durante o processo de certificação, uma lâmpada de LED é submetida aos seguintes ensaios: ensaios de segurança, para garantir que o produto não provocará acidentes envolvendo estouros ou choques elétricos.

O processo envolve também ensaios de eficiência energética, que mostre aos técnicos do INMETRO que a lâmpada em questão é capaz de consumir energia da mesma forma como está descrito na embalagem.

A última etapa dos ensaios envolvidos está o processo de compatibilidade eletromagnética, para garantir que o equipamento está realmente atendendo todas as conformidades do INMETRO.

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Na terceira etapa da certificação, são feitas auditorias na fábrica, além da colheita de amostras e tratativas de reclamação, para avaliar se o produto está realmente cumprindo aquilo que promete.

A última etapa desta certificação envolve a manutenção. Em caso positivo, a lâmpada recebe a certificação e tem sua comercialização aprovada no mercado nacional, além de permitir que a empresa exporte a mercadoria.

Quanto tempo dura um processo de certificação?

Com todas as análises empregadas para conclusão do processo de certificação, as empresas gastam, em média, seis meses para ter a liberação de comercialização de seus produtos.

No entanto, esse tempo pode aumentar caso ocorram imprevistos, como atrasos no envio da documentação necessária ao Organismo de Certificação de Produto (OCP).

Quando uma lâmpada é reprovada no processo de certificação, esse período de aprovação pode demorar ainda mais, pois a empresa deve alterar o produto, para que ele seja aprovado em todas as etapas, corrigindo as falhas apontadas pelos técnicos.

Depois de concluído o processo, a empresa recebe a certificação, que tem validade de três anos. Contudo, é necessário fazer manutenções periódicas a cada 12 meses para que a autorização não seja revogada.

É importante ressaltar, ainda, que a venda é autorizada apenas para lâmpadas LED que possuam certificação e contenham, em sua embalagem, a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE).

Como identificar se a lâmpada que estou adquirindo é certificada?

Algumas pessoas ainda têm dificuldades em identificar os sinais que atestam se a lâmpada que estão adquirindo é realmente certificada. Para ajudar nesta identificação, basta ficar atento a alguns detalhes, conforme vamos mostrar abaixo.

Idioma

Todas as lâmpadas certificadas devem conter as informações sobre seu funcionamento, potência e durabilidade em português, para que o consumidor possa compreender o tipo de produto que está adquirindo.

Selo

As lâmpadas que receberam a certificação precisam conter, em sua embalagem, um selo do INMETRO, atestando que o produto foi testado e é seguro para o uso.

Etiqueta com número de registro

Além do selo do INMETRO, as lâmpadas certificadas contém, na parte de segurança, um número de registro, já que alguns fornecedores não incluem essa informação, e colocam vários “X” em seu lugar.

Caso a lâmpada que você vai adquirir tenha esse detalhe, não compre, pois se trata de produto falsificado.

Potência em Watts

Todas as lâmpadas devidamente certificadas pelo INMETRO devem conter, na embalagem, o valor de sua potência em Watts. Desta forma, o consumidor sabe exatamente o que está comprando.

Fluxo luminoso

A lâmpada deve informar, ainda, seu fluxo luminoso, que deve ser expresso em lumens.

Eficiência luminosa

Na embalagem, precisa ficar contido, ainda, o grau de eficiência luminosa do produto, que deve ser expresso em Watts.

Dados do fabricante

Por último, na embalagem da lâmpada devem estar descritos os dados do fabricante, incluindo CNPJ e um telefone para contato, caso o consumidor tenha alguma dúvida ou queira fazer qualquer reclamação.

Riscos no uso de lâmpadas LED falsificadas

Embora a certificação das lâmpadas LED seja obrigatória para vários modelos, incluindo os mais usados em ambiente doméstico, algumas empresas não certificam seus produtos, pois eles não atendem às exigências de órgãos como o INMETRO.

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Outras empresas, no entanto, cometem infração maior ao vender um produto falsificado, e que pode colocar em risco a vida de um consumidor distraído, que compra o produto acreditando se tratar de algo realmente original.

Tenha Cuidado!

Seja por distração ou para economizar (as lâmpadas falsas são bem mais baratas que as originais), é preciso ficar atento aos riscos envolvidos no uso de produtos falsificados.

O primeiro deles é o prejuízo financeiro. Por se tratar de uma lâmpada que não teve sua eficiência energética atestada, muitas vezes o consumidor que opta por um produto falso acaba gastando mais.

Isso porque o equipamento não é capaz de entregar a qualidade luminosa desejada, fazendo com que mais lâmpadas sejam necessárias para iluminar um único cômodo.

Há o risco, ainda, de o produto durar muito pouco, queimando com facilidade. Isso faz com que o consumidor precise comprar mais e mais lâmpadas, gastando dinheiro.

Por último e não menos importante, há o risco de acidentes elétricos. Uma lâmpada falsa não teve sua segurança atestada. Isso significa que ela pode provocar curtos circuitos caso seja usada, pois sua voltagem é incompatível com o ambiente onde está instalada.

Como não foi testada, quem compra o produto não detém esse conhecimento, colocando sua vida e a de outros familiares em risco, já que é possível que o produto cause choques no momento em que for colocado.

Uma lâmpada falsa pode, ainda, explodir depois de um tempo de uso ou mesmo superaquecer, causando prejuízos enormes à instalação elétrica de sua casa.

O superaquecimento ou mesmo curto circuitos podem provocar, ainda, incêndios, causando prejuízos material e colocando sua vida em risco.

Por isso, na hora em que for comprar uma lâmpada LED, não caia na tentação de comprar um produto falsificado. Prefira sempre a original e fique atento a todos os detalhes que informamos acima.

A certificação existe para garantir que você está adquirindo um produto de qualidade, e deve ser sempre seguida. Se você comprou uma lâmpada e desconfia que ela seja falsa, denuncie.

É importante evitar a falsificação e, sobretudo, não adquirir produtos de origem duvidosa. Desta forma, você freia o comércio ilegal, e garante que outras pessoas não corram riscos, comprando produtos que não tem autorização de uso ou venda.

Uma lâmpada certificada pode ser um pouco mais cara para alguns, mas vai se revelar um ótimo investimento em pouco tempo, afinal ela durará por muito mais tempo.

Tem dúvidas sobre o produto que você comprou? Ligue para o fabricante e se certifique de que está usando a lâmpada LED correta. Eletricidade é algo perigoso, e o ideal é estar sempre de posse do equipamento correto.

Nós da LED Planet, queremos sempre o melhor para você, por isso temos o compromisso de enquadrar todos os nossos produtos aos requisitos da certificação do INMETRO, porque você sempre merece o melhor!

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